quinta-feira, 2 de agosto de 2012

What it seems


Não me olhe assim. Não me julgue por essa casca, tão nitidamente vazia em teu conhecimento. Não formule meu perfil perante tua ignorância. Encontras, todos os dias, muitas e muitas faces, porém nunca saberemos quantas lágrimas já escorreram daqueles olhos, e nem quantos sorrisos aqueles músculos já formaram.
Não me entenda superficialmente. Não ache que sabe do que sinto, do que penso, do que faço. Sou o acumulo de muita coisa, e serei cada dia um novo acumulo. O que vistes é apenas uma máscara, é a capa, o rótulo, a propaganda. Dentro, cada um é o que é, e só nós sabemos o que somos, como somos, e porque somos.
Não tenhas dó de mim, não perdi todas vezes. Perdi, da mesma forma que conquistei, da mesma forma que perdestes, e conquistastes. Eu tentei! Tenha orgulho de mim. Por ter passado pela vida, por enfrentar a vida, por continuar vivendo. Tenhas o orgulho de mim, de ti, por não renunciares a vida.
Não sintas melhor ou pior do que ninguém. Cada um é o que é. É hoje, o que resulta do ontem. Não seja cruel. Cada um sabe o peso da cruz que carrega. Respeite.
Não julgues minhas atitudes hoje, minha vida hoje, o meu pensamento, o meu jeito, minha personalidade. Me entendas. Me olhes profundamente, mais profundo do que os olhos podem ver. Me sintas. E me respeite! Pois hoje sou apenas a consequência, do que ontem fui. E não sou diferente de você! 

Mariane Ellen

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